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José Manuel Saraiva, Porto Editora, 2011
Depois do sucesso de Rosa Brava e, posteriormente, Aos olhos de Deus, José Manuel Saraiva rompe com o registo histórico e oferece-nos, agora, um romance de carga psicológica intensa, não seja parte do enredo a descrição das consultas de um homem com uma psicanalista com quem acaba por se envolver.
Mas a história não é assim tão simples. Como não é simples a vida. José Manuel Saraiva, ao introduzir elementos de ligação ao longo das perto de duzentas páginas, consegue envolver-nos e prender a atenção até ao fim da história.
Para o sucesso de A terra toda contribuem ingredientes que passa pelas diferenças entre as sensibilidades feminina e masculina perante situações inesperadas ou, de tão banais, se tornam surpreendentes quando postas a nú.
E de nú também se fala. Nudez de corpo e de espírito. Do padre que, na catequese, ensinava a doutrina à menina colocando-a ao colo, até à professora que se apaixona pela aluna.
A terra toda poderá não ensinar nada. Mas relembra, certamente, fantasmas que ninguém pode dizer que não tenha no armário.
Pena a capa do livro não cativar. O livro de José Manuel Saraiva merece melhor.
Joaquim Gonçalves
Sines, 15 de Março de 2011
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