Thursday, May 17, 2007

Cinco balas contra a América

Cinco balas contra a América, Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira, Oficina do Livro, Abril 2007

Não é um livro infantil. Tal como não eram o fabuloso "Comandante Hussi", "Nem tudo começa com um beijo" ou "Paralelo 75 ou o segredo de um coração traído". As lindíssimas ilustrações poderão, num primeiro olhar, conduzir a essa suposição mas, tal como a história, as coisas são demasiado sérias, apesar de apresentadas com graciosidade, para que se catalogue a obra dessa forma.

"Cinco balas contra a América" dá-nos um outro tipo de olhar sobre o período de transição do colonialismo para a independência. Neste caso de Cabo Verde. Mas podia ser outro o país africano ex-colónia portuguesa.

Está lá tudo - as expectativas, a ignorância, a inteligência e, acima de tudo, a ternura.

Se não me oferecerem este livro vou comprá-lo para o colocar na minha prateleira dos preferidos!...

SINOPSE:

"No coração de África as revoluções também eram feitas de histórias de amizade.

O Verão de 74 foi quente na ilha de São Vicente, em Cabo Verde. De Lisboa apenas chegavam rumores de golpe de Estado. Os combatentes pela independência continuavam nas matas da Guiné, o poder andava pelas ruas e a Revolução era uma festa sem fim. O primeiro comandante da guerrilha a desembarcar na cidade chegou disfarçado de emigrante. Gostava de copos e de mulheres e organizava sessões de vigilância contra a eventualidade de um ataque das forças imperialistas. Zapata, Bob, Aristóteles e Frederico foram enviados para a Praia de São Pedro para evitar um desembarque das tropas norte-americanas. Para se defender, receberam um revólver e cinco balas. Viveram então a noite mais longa das suas vidas: a noite em que perderam toda a inocência."

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